domingo, 21 de abril de 2013

No sono das horas



Hoje, quero entender o ondular das tuas palavras,
sussurros impalpáveis da noite,
longa e indistinta,
em que abrigas o cântico da tua solidão.


Permaneço aqui, porque procuro
o entendimento,
por dentro do olhar do que não dizemos
e atravesso os limites da espessa cicatriz,
a projetar no verso o equilíbrio da luz.


Hoje, quero entender na crispação do teu rosto
os traços imprecisos da tua esmaecida liberdade,
a enganar a lágrima que te rasga na pele
as raízes da alma.


Hoje, vou ficando. Dissolvendo o tempo
em sílabas de lucidez,
de onde todos os meus passos regressam.


BL

5 comentários:

  1. No sono das horas

    Feito de silêncios

    Os olhares se encontram

    Em busca profunda

    De mistérios reconhecidos...

    Bela,bela a tua poesia sempre!!

    Beijinhos,Brígida.

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  2. O entendimento onde as horas são abraçadas
    Por interrogações que chamam
    Talvez, decifrar o” vento”….

    Sempre imensa, tua poesia.
    Beijinho

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  3. Difícil seria encontrar uma imagem que melhor se adequasse a tão belas palavras.
    Um abraço

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  4. Parabéns. Está de facto muito bom...

    Beijinho amigo

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