segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Singularidades


Há sempre a reinvenção do silêncio
o código-morse do olhar.


É quando a noite vem descendo
e tu estás por dentro da luz
como se do retorno do tempo se tratasse.


Uma a uma
colhemos as cores mágicas da palavra
e apercebemo-nos de como
deslizam na memória
os mistérios das águas sonhadas.


Tocamos a pele macia dos regressos
a serenar indecisões
a proteger o prodígio da mariposa.


Que podemos nós

se temos nas mãos o vento a desfazer-se
ao longe
na sintonia das árvores


se temos no mar
o desabrochar da cor
a gritar um céu p’ra nós?


Que podemos nós?

BL

6 comentários:

  1. Que podemos nós escrever
    senão os versos que nos nascem no peito?

    Tua escrita perpassa sempre A emoção.

    Bjo.

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  2. Com esse belo universo feito de silêncios de brilhos das almas...

    As cores das palavras encantadas, colhidas de história e

    mistérios...

    Nas mãos, a sintonia dos encontros...

    A vida cantada...

    A tua poesia sempre bela!!

    Beijo, Brígida.

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  3. Nasce como água
    Assim é o verso, a palavra.
    O sonho que dentro de nós fala…

    Gosto sempre da tua poesia,
    Sempre.

    Beijo!

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  4. Na "reinvenção do silêncio", um quase murmúrio de água pousa nas tuas mãos, e dele fazes um rio de versos para saciar a nossa sede.

    Obrigada!!

    Um beijinho

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