sábado, 23 de fevereiro de 2013

Ao longe, ainda





E quando as palavras adormecem
na habituação dos dedos
há vozes antigas a alimentarem
a árvore que o coração celebra.
São frágeis as horas.
Mas quantas vezes um olhar
a crepitar de luz não faz estremecer
o silêncio da casa?
Talvez na linha d’água dos pássaros
a metamorfose do verso aconteça.

BL

4 comentários:

  1. A palavra que ainda longe já brilha
    Se sente,a metamorfose da alma
    Que ser folha,flor...

    Como sempre, bela!
    Gosto muito de ler-te

    Beijinho

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  2. O verso sempre acontecerá,inscrito da luz do olhar da poetisa,

    traduzindo os silêncios e ecoando a beleza das palavras

    metamorfosiadas...

    A beleza da tua poesia sempre ecoa profundamente na minha alma!

    Beijinho,querida Brígida.

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  3. Sabe-se lá, cada cabeça é um recôndito canto de surpresas.
    Uma caixa de Pandora à espera de ser aberta.
    Cpts.

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