domingo, 29 de dezembro de 2024

A sede

 








Repetidamente inscreve-se

a sílaba num silêncio escrito

a dois.



Enredam-se as vírgulas

sufocam

suprimem-se

iludindo chamas de um tempo

a adormecer sobre os ombros.



Insinuam-se sobressaltos

e há medos que gemem

fantasmas de uma força maior

espalhando palavras contra os muros.



Procura-se arranhar a verdade.

Deserto definitivo de uma sede sem nome.









BL

29.12.24










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