Há no vento um silêncio de neblinas
um silêncio invisível
nos arbustos da manhã
uma canção impossível
de eternas borboletas
a renascer-me na pele
em imagens sobrepostas.
Entreabro a janela
enfrento os silêncios de dentro
arrumo sombras
e lágrimas uterinas.
Até ao anoitecer
enquanto a poesia não vier
caio em gotas de água fria
os dedos entrelaçados na valsa do vento
os olhos a caminharem sobre o tempo
como se nunca fossem chegar.
BL
14.06.12
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