Nessas manhãs ávidas de limpidez percorro a sabedoria das árvores
e recolho
as vozes pequeninas a que me agarro
e entrego às raízes renascidas do meu corpo.
Como fumo espartilhado
acenam-me sílabas brancas de uma infância a despedir-se
formas nítidas que o tempo não fechou.
Existem nomes e ecos de horas longínquas
que chegam e se distribuem no cenário em frente à casa.
E deste silêncio quieto e doce
rolam súbitas pedras
solitárias
o vento vertiginoso para
e a manhã alonga-se
sem asas proféticas.
BL
05.08.21
Obrigada pela visita ao meu cantinho e pelas palavras.
ResponderEliminarBelo e inspirador este poema.
Abraço