Olhamo-nos
fixamente
a
sentirmo-nos indefesos por dentro
da
limpidez do olhar.
As
mãos a procurarem
marcas
de uma verdade moldada
num
clarão que rasgou o corpo
e
eu impreparada
para
o estranho rosto do silêncio.
Porque
tudo gera silêncio
à
nossa volta
aves
pedras vento
e
as palavras são meras conjeturas mastigadas.
Frente
à casa
as
árvores da memória
pilares
daquele tempo em que a luz
se
estende e desloca para o sono da terra a brevidade
das
folhas mortas.
Olhamo-nos
fixamente. E sob setembro a decair
cai
a sombra no teu rosto
como
um espelho. Como um espelho.
BL
24.09.16
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