onde recolho os traços
das primeiras águas
onde o tempo errante
reúne em mim as sílabas
que me vestem
na cumplicidade de imprecisas vozes
numa claridade onírica
que se dissolve
nas insubornável transparência
do espelho.
Há num lugar invisível
a eternidade de um útero
o genético apelo da profundeza da terra
o calor inteiro da protetora vigília
quando o frio me rasga as veias
e não passa
e não passa…
BL
Também gosto do fato de ser feminina e com todos esses hormônios que nos sensibilizam. Um abraço, Yayá.
ResponderEliminarA uterina etéreadade* do verso
ResponderEliminarcomo lugar indizível
como espaço primordial
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Vir aqui ter(imprecisos são os cibernéticos caminhos)
e encontrar(nos dez poemas que li e reli)
traços de evidente qualidade
e uma cativante profundidade
no que se diz e como se diz
Um espaço de indiscutível poesia
(surpreendente, como o é todo o desconhecido)
a que voltarei seguramente
Bjo.