E havia a luz em que chegavas e eras
uma nuvem azul dentro dos meus olhos.
Entravas devagar, trazias melodias no rosto
e iluminavas o meu peito.
E a tua voz levava-me a voar.
E havia a casa onde se abrigavam
as tardes vestidas de melros
e de um amarelo intenso de margaridas.
E havia os matizes de maio onde semeámos
promessas de luar e a tua voz
era a minha voz
no silêncio das palavras.
E havia o rio. E lá no fundo
o lodo espesso
onde parou a nossa canção.
BL
05.01.11
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