Venho de um tempo feito de longes
de um tempo insuficiente
suspenso no outro lado do mundo
entre raízes de mitos submersos
e a agonia do poente
preso às lágrimas dos versos.
Olhares opacos movem-se atrás de muros
segredados
o chão abre-se em fendas
escorrega sob os meus pés
agarrados ao vento.
Mas os meus dedos calam suavemente a solidão dos ciprestes
guardam docemente os retratos
rasgados no adormecer do sol
e recontam as histórias
que o silêncio das árvores faz descer dos ramos dourados
e sonhar aromas de violetas
na meia-voz das palavras.
BL
Procedo do tempo que procede o vento
ResponderEliminar"Venho de um tempo feito de longes
de um tempo insuficiente
suspenso no outro lado do mundo
entre raízes de mitos submersos
e a agonia do poente
preso às lágrimas dos versos."
A meia da voz, a palavra
Belo.
Bjo.
ciprestes e violetas na meia-voz das palavras - território de vida ágil, paredes meias com as sombras.
ResponderEliminarbeijinho!
a tua poesia é linda, nem me atrevo a comentar com minhas palavras...
ResponderEliminarbeijo
Um deambular entre a luz e a sombra por caminhos da memória.
ResponderEliminarUm beijo