Sem solidão nem vestes cansadas
agarra o sol no rosto e um caminho
sem sinais de pontuação.
Depois de tão gastos
os olhos pararam
e o mundo corre agora voltado para o cheiro
a terra nascida
a lumes acesos e presos ao chão.
O céu está mesmo ali
ao alcance da mão
segredando as raízes das manhãs e a verde
respiração da vida.
Sem palavras que fiquem por dizer
deixa-se embalar pelas marés
voando no meio de chuvas geladas
escrevendo a casa entre as pedras ressequidas
e as sementes dos frutos que sonhou
nas portas das estradas.
BL
16.12.10
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