Olho através das manhãs que ainda não acordaram
o silêncio escorre na vidraça
em anseios de marés cheias
na claridade branda
dos oceanos que invento
as estrelas tremem baças
tardias
gaivotas dormem
em molduras vazias
a luz rumoreja
frágil
e parte
e agoniza
sob as cinzas dos céus de Outono
e no olhar do horizonte nascem
e morrem
os sóis onde voam as areias
dos meus castelos feitos de pássaros
sem beirais
e de luares
intemporais.
Brígida Luz
21.11.10
Sem comentários:
Enviar um comentário