Num reencontro de aves
bastar-me-ia
um ténue aflorar de palavras nuas
um fluir de almas
saboreando clareiras de sonhos leves
no repouso da solidão
feito regaço de afectos.
Bastar-me-ia tão pouco...
O mar azulando a noite
em vagalumes de água
que crescem nos búzios que vêm e vão.
Estilhaça os rostos velhos
nos espelhos
não acordes o tempo
deixa voar o silêncio sobre o meu corpo poema
onde o Verão ousaria.
BL
11.07.10
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