Abrigo-me sob um céu feito de horas
antigas
e os meus cabelos são mãos de seda
deslizando
no véu azul da noite espessa.
A voz dos sinos canta a casa e o fogo
crepitando
os cheiros
os sabores
dos vultos e do chão
afagando os sulcos do meu rosto.
Soletro os meus caminhos
os lugares
as histórias
as pedras simples
uma a uma
habito os silêncios inquietos
das árvores
e das sombras
e em palavras de ontem
inscrevo as águas
das memórias
nas veias e raízes do meu tempo.
BL
10.12.10
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