recortando o tempo certo
atravessam do sonho as vestes
meia dúzia de palavras
aninhadas em ramos suspensos
das estrelas
essas que implodem o vazio dos ventos
arautos da boa nova
bússola dos harpejos da memória
o jardim é azul
a porta muito ampla
evoca sobre as tábuas o círculo do sol
explode na planura quente dos vinhedos
o céu ondula
é real o azul das águas na labareda dos olhos
desenhando o horizonte
é azul o sopro do vento
quando pressente o regresso do tempo.
BL
18.09.10
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