O frio
entranhado debaixo da pele
a crispação gutural
sob o peso das pálpebras
a vigília
presa ao gesto antigo.
O rio
por dentro da lágrima
o tempo
no interior da nuvem
a erosão das pedras
onde encosto a face
[metade de mim
raio de luz]
no interlúdio das horas.
O tempo
poemas
nos meus olhos
o medo
nos espelhos
onde os pássaros
procuram o meu nome
e o céu morre
como se voasse
rasgado pelas folhas
das memórias.
BL
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