Como quem procura nas ondas do tempo
a vertigem da luz
e reflecte a teia do sonho nas gotas
encharcadas de manhãs
como quem se banha num verso nu
e encontra um chão no ruído dos silêncios
escondidos entre violinos e sombras
como quem acende pensamentos desabitados
e esquece
e cala
no cansaço do vento
os olhos povoados de estios
como quem sopra para o alto
o frio da noite
e agarra o equilíbrio no calor da chave
que os pássaros libertam
e alimentam.
BL
03.11.10
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