quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020
Redenção
Por
vezes reaprende-se o silêncio
nos
caminhos por onde cruzamos o tempo.
Escutamo-nos.
Já
nem sabemos bem
as
razões por que ficamos nem importam
se
estão vazias as estradas
por
onde caminhamos.
Escutamos
as palavras que não estão
ao
nosso alcance.
Manhã
barco
espanto.
O
relógio olha os dias
a
resistirem ao apelo da noite.
Os
lugares são ermos
e
as distâncias atravessam o olhar dos homens
que não avistam o horizonte.
que não avistam o horizonte.
terça-feira, 18 de fevereiro de 2020
Singularidades
Há sempre a reinvenção do silêncio
o código-morse do olhar.
o código-morse do olhar.
É quando a noite vem descendo
e tu estás por dentro da luz
como se do retorno do tempo se tratasse.
e tu estás por dentro da luz
como se do retorno do tempo se tratasse.
Uma a uma
colhemos as cores mágicas da palavra
e apercebemo-nos de como
deslizam na memória
os mistérios das águas sonhadas.
colhemos as cores mágicas da palavra
e apercebemo-nos de como
deslizam na memória
os mistérios das águas sonhadas.
Tocamos a pele macia dos regressos
a serenar indecisões
a proteger o prodígio da mariposa.
a serenar indecisões
a proteger o prodígio da mariposa.
Que podemos nós
se temos nas mãos o vento a desfazer-se
ao longe
na sintonia das árvores
ao longe
na sintonia das árvores
se temos no mar
o desabrochar da cor
a gritar um céu p’ra nós?
o desabrochar da cor
a gritar um céu p’ra nós?
Que podemos nós?
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