O silêncio escorre pelos sulcos do tempo
rompe os ruídos da noite.
Encaro os espelhos resignados
e arrumo os meus sonhos
de tranças desfeitas e olhares demorados.
Sinto as pálpebras vergadas
às paredes indecifráveis da memória
sílabas confusas estilhaçam
o centro da palavra.
Recorto vultos em páginas
opacas
em busca de caminhos à solta
e raízes ao vento
sementes do pensamento.
Em vão fujo de mim
sem rumo na linha do horizonte
nem céu que sobrevoe a mudez dos pássaros.
Brígida Luz
22.07.10
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