sábado, 5 de abril de 2025

O brilho discreto das coisas que passam

 




Entre os ecos perdidos nas paredes

raízes encontram brechas na pedra

e uma flor encontra o caminho da luz.



Aqui

onde o mundo desacelera

o tempo cruza ramos distantes

e o vento é sílaba insubmissa

a desenhar na pele murmúrios de silêncio.



As árvores revelam histórias antigas

na força nova onde as aves fazem morada

e a voz que busca a palavra

escreve o poema

no brilho discreto das coisas que passam.




BL

05.04.25









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