Nas minhas memórias me vou encontrando
nos ecos suaves de um verso brando
onde as águas do tempo
em fluxo incerto
revelam o que foi acerto
e o que foi deserto.
Às vezes
sou sombra
sem sentido
vagueio perdida
longe do abrigo
reflexo distorcido de uma crença antiga
que já foi porto
e agora
é névoa amiga.
Deslizo em silêncio
passo sem ruído
entre o sonho e o real
sigo decidida
e na curva do tempo onde tudo se alinha
encontro em mim mesma
a luz que caminha.
BL
18.04.25
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