As casas sussurram nomes
que se perderam no vento.
Envelhecem em silêncio
tecem sombras desgrenhadas nos muros
onde hesitou o tempo.
Nas suas raízes dormem histórias
escritas sem mãos
apenas com o peso dos dias
e o eco dos passos que já não regressam.
Nas paredes existem murmúrios
palavras embebidas na cal.
E nos telhados
abre-se
muda
uma janela:
saudade
perene no que sente
intransitiva no que cala.
As casas nunca se despedem.
Apenas esperam.
BL
04.04.25
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