Matei memórias de futuros sonhados
enterrei esperanças em terra infértil.
Cravei dardos no horizonte
as mãos trémulas de revolta.
Gritei medos sufocados
lâminas invisíveis do silêncio.
Caminhos apagados pelo tempo
traços desfeitos pela fúria do vento.
Sonhos jazem
esquecidos
cadáveres
sob o véu da noite eterna.
De que serve sonhar
se a madrugada sangra mentiras?
De que serve acordar
quando cada raio de sol queima memórias?
Deixem-me dormir
afundar no negro abismo do repouso.
Deixem-me repousar
nos contornos do silêncio
nos escombros da ilusão.
BL
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