O mundo acordou fechado
dentro de um corpo que se ajeita
atrás da sombra desfeita
e as mãos
libertas
num indefinível harmónio
de palavras
silenciadas
sementes antigas
sob as linhas da pele
ecos traídos de inquieta poesia
que teria sido
infinito o tempo
em que arrasto o dia
na memória fria de relógios tensos
sobreviventes no quarto decrescente
de um redemoinho
imóvel
perfidamente.
BL
01.08.10
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