Os barcos chamam por mim
e eu poiso a cabeça
sobre o equilíbrio dos dedos
a traçar ruas de acácias dentro do silêncio.
Lá fora a noite chora
entra pela janela
e deita-se nas sílabas invisíveis
que povoam a pele da casa.
O tempo demora
e há mapas cansados
por decifrar
a sobreviver
no entardecer do meu olhar.
Os barcos chamam por mim
o silêncio chora
as acácias voam
no rosto do vento
e o tempo demora.
BL
29.03.12
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