Não me querem bem as palavras
que hoje me queimam os dedos.
O futuro corre atrás de uma porta fechada
e nas veias arde-me um tempo
a sufocar na raiz de um grito.
Morro e renasço em imagens
que choram na frieza de uma tela abandonada
e me segredam hipérboles
entre a claridade e a escuridão.
Assim como quem parte para além do corpo que me guarda
visto-me de sílabas desajustadas
e deixo a alma atrás de um silêncio
que me diz tudo
sem dizer nada.
BL
04.08.11
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