quarta-feira, 14 de junho de 2023

Guardo silêncios debaixo da pele

 

 



Não me querem bem as palavras

que hoje me queimam os dedos.


O futuro corre atrás de uma porta fechada

e nas veias arde-me um tempo

a sufocar na raiz de um grito.


Morro e renasço em imagens

que choram na frieza de uma tela abandonada

e me segredam hipérboles

entre a claridade e a escuridão.


Assim como quem parte para além do corpo que me guarda

visto-me de sílabas desajustadas

e deixo a alma atrás de um silêncio

que me diz tudo

sem dizer nada. 




BL

 04.08.11










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