Lá fora
num céu desabitado
o voo desajeitado de um pássaro ferido
na voz acesa do vento
na linha agreste do sonho rasgado.
Fogem árvores nuas
no sentido inverso ao do tempo
e na margem da alma
que o frio intenso consome
as horas
lentas
choram laços invisíveis
são folhas mortas a gemer desalentos
ecos inquietos
pedras
rios dispersos
onde as palavras perderam a cor
o silêncio magoa
o poema é dor.
BL
10.02.12
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