Rasgo as palavras
em pedacinhos de silêncio
e na alma de um violino
lanço o poema ao vento.
Ao longe
o azul-céu do tempo
o teu e o meu
as brisas de maio
o olhar-repouso
o regresso à nascente.
Devagar
na raiz do corpo
há um verso sem dor
a harmonia de um rio
a voz rouca
distante
da paisagem ausente.
Ao longe
a inquietude das horas
a inexorável recorrência
da memória
[em murmúrios de sal]
a fagulha de um amanhecer
em dia de chuva-sol.
BL
14.05.12
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