Não deixes que nos teus olhos adormeça
a rota
do voo largo da gaivota,
que a turvação do sal te anoiteça
a corda do relógio
feitor de papoilas e madrugadas,
que a lassidão do grito te emudeça
o eco de palavras resgatadas,
que o vento te rasgue da memória
os gestos desnudados
na orla da paisagem renovada,
que o tempo te sopre da folha branca
os sóis que resguardas
em linhas depuradas.
BL
20.03.10
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