“Eric
Clapton Unplugged”
e as palavras
que escrevi há milhares de anos. Porque nada se alterou. As mesmas
paredes a escorrerem vazios, as mesmas gavetas a bafiarem memórias.
Não posso falar de amores-perfeitos nem de manhãs coroadas de sol,
a acordarem nascentes de água límpida a saltar de pedrinha em
pedrinha. Não posso. As sílabas que me saltam nas pontas dos dedos
são melancólicas, com inclinação para a nostalgia. Perseguem-me,
seguem-me os passos, coladas à minha sombra. “funny, funny
feeling”, canta Clapton. Pode ser. Pode ser...
BL
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