Posso estender as mãos entre a ilusão
e
a certeza daquilo que permanece. Conversar
com
a mudez das horas
habilmente
concertadas em círculos concêntricos
a
prolongar o jogo das ilusões.
Procurar-te
no lado de dentro
das
palavras. E falar-te das
verdades
irrecuperáveis
centradas
nos desafios ou nos fascínios
que
se foram.
Ou
então regressar ao pólen
das
coisas tangíveis
[
a roupa no varal a mesa posta ]
e
nelas arredondar o tempo longo
às
vezes triste
e
com ele caminhar atenta às arestas
cortantes
que vierem.
BL
08.06.17
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