17.06.17 – sábado
Sábado. O ar quente e
baço, a arder, irrespirável. O corpo a dobrar-se para o interior do
pensamento. A amizade. O ceticismo. A timidez. A atravessarem tempos
e lugares. A descobrirem trilhos, raízes e folhas caídas. Mortas.
Troncos secos, feridos. A dor no olhar, as cicatrizes nas mãos.
Tantas asas brancas, tanto céu azul! E hoje. O tempo a arder,
irrespirável. Tombo para dentro de mim. Palavras a preto e branco. A
fluirem nos verdes dos prados. E os verdes a serem castanhos, nuns
olhos de veludo triste. Voltar atrás... para quê? A rua é
ausência. E o tempo é silêncio.
BL
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