Trazemos
nos olhos sementes
a
povoarem silêncios que vivem nas palavras.
Gememos
baixinho o cansaço das árvores ressequidas
repouso
de sombras e fantasmas.
Deslizamos
as mãos pelas paredes da memória
onde
ressoam todas as vozes por cumprir.
Retornamos
ao monólogo
sem
pontes que nos atravessem
nem
poentes que nos abracem.
É
tudo tão absurdo no emaranhado
de
raízes que nos apodrecem nas mãos.
Na
impossibilidade de refazer
o
encontro dos dedos
apagamos
os lugares que ainda existem
irremediavelmente
desabitados no corpo macerado do esquecimento.
BL
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