A
inquietude do vento
em
busca de um instante vagaroso.
As
palavras a estremecerem
a
nomearem a noção do olhar na espuma das águas
rio
improvável à sombra de pontes
atravessadas
por uma nesga de sol.
A
luz é tardia
e
não dormem os pássaros no diálogo das árvores.
Ao
longe
vozes
que chegam em soluços
de
poentes.
O
tempo a parar a meio
do
declive
no
outro lado do cais.
Lentamente
me abrigo no rosto
quente
do crepúsculo
o
perfil da noite a deslizar me sobre os ombros
devolvidos
à flutuação do silêncio.
BL
03.06.17
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