sábado – 17.06.17
O sol ficou cinzento. E o
uivo do vento ergueu em chamas o grito e o lamento. A pele da terra,
cárcere de nomes e nomes, perdidos num horizonte de labaredas.
Cinzas de morte e de dor a cobrirem um chão em fuga. Semeado de
vultos. E de escuridão. E de silêncio. A névoa no interior das
palavras. O pânico por dentro das vozes. O sangue a romper os
olhares. E todos podemos tão pouco. E todos sentimos a insensatez da
nossa “vã glória de mandar”. E todos sabemos do nosso lugar no
cosmos. Infinitamente pequenino. Tão assustadoramente desimportante.
BL
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