A instabilidade dos
espaços a desdobrarem
falhas e desabamentos.[ Versos inabitáveis corporizam
luz-memória a desvendar madrugadas. ]
Mãos cansadas aguardam
um tempo de permeio
oculto num ponto de
partida
onde o céu me sabia de
cor e sonhava as flores da utopia
que tempestades secaram.
Nada sei do mundo
e aprendo com o sol as
estações
que se renovam ou o
movimento
das sombras que ascendem no horizonte.
Dentro do coração da
palavra todas as
chaves serão minhas. O
mundo
nasce lá fora alinhado
no vento
das manhãs pintadas de
fresco. O recomeço das cinzas
ou da viagem da alma
primeira guardiã do
tempo.
BL
22.07.17
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