Dispersas a luz em
movimentos
compassados.
Os lugares a ficarem
progressivamente
irreconhecíveis
na descoordenação do
olhar ou no
entorpecimento dos dedos.
Vozes anónimas
apropriam-se
dos nomes e dos rostos
que me decifravam
o azul magoado. Ou os
soluços
da pele silenciosa.
Não sei como adormecer o
frio
sobre os ombros.
Existe ainda um gesto
breve
nas horas finais de uma
superfície
branca.
É talvez um apelo
duvidoso do silêncio
dos braços
ou o poema vazio de uma
última canção
proibida.
BL
24.07.17
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