Dói-me a inocência da pele, atravessada
por um beijo na face,
como se fosse o toque frio
de um inverno que se prolongasse
para lá do tempo ruidoso do silêncio,
um traço igual a qualquer beijo na face
num gesto amorfo de ninguém.
Gostava de ter ainda o sorriso onde se dissolviam paradoxos
ou espaços embaciados de sal. Onde
a transparência dos olhos nomeava a intimidade
dos rostos
e a pura articulação da voz permanecia
até onde se lançavam as nossas mãos.
BL
O sorriso como matéria de absoção, um escape para a alma.
ResponderEliminarE as mãos chegarão onde o sentimento começa.
Muito belo.
Maquinalmente deambulamos, intencionalmente nos procuramos...
ResponderEliminarSempre bem, Brígida!
Beijo :)
"para lá do tempo ruidoso do silêncio", ficarão de nós, linhas de uma meada de ariana, de um fio de poesia, que no seu caso, é, confirmo-lhe, seda finíssima, propagação de luz "na transparência dos olhos".
ResponderEliminarque lhe dizer?
sua fã, sem margem a dúvida. saiba-me grata de cada leitura,
fraterno abraço
Mel