Acredito que a palavra existe,
para lá da imobilidade do olhar,
nos momentos em que a tua voz desliza,
branda e quente, a entranhar-se
na sede das mãos. Ouço-a
e acorda-me o tempo, por baixo da pele,
num amálgama de cinzas luminosas.
Diria que, nos teus dias
de esquecimento, transportas somente
uma parte de ti e que nas veias
te cresce ainda
a árvore das boas memórias. Porque
a carne segue raízes de sangue
e de lágrimas
e a luz brota de dentro, a refazer os corpos
em espaços habitáveis, ou a moldar
o gesto informe do silêncio.
BL
inabitável verso que nos corporiza
ResponderEliminarespaço instável
desdobrando esquecimentos
ocultando o tempo
numa luz-memória
Sempre bom te ler
Bjo.
Lindíssimo, e a imagem é tão bonita quanto o poema. :)
ResponderEliminarOlá Brígida,
ResponderEliminarEste teu poema é comovente, diante da beleza sublime da tua poesia que
brota de dentro,habitada no espaço-luz,expandindo o silêncio
como gesto em palavras...
Beijinho.
Em todos os apeadeiros
ResponderEliminarviajamos
Bjs
De uma grande beleza, Brígida. Adorei!
ResponderEliminarBeijo :)
O silêncio fala
ResponderEliminarTem uma voz ainda que muda
Viva,
Que conta todos os detalhes.
E os guarda.
Sempre poesia, inspiradora.
Beijinho