Se eu chegar tarde à primavera,
mostra-me onde fica a luz que resta
do inverno que dói
nas fendas da pele,
ou do vento
que geme ladainhas inexatas.
Se eu chegar tarde à primavera,
mostra-me onde fica
a chama da manhã no exílio dos pássaros,
ou então o silêncio profundo
da fusão das almas, na mortalidade
do tempo breve em que germina a sede
inútil e imprecisa, que antecede
o verão que há de chegar.
BL
Que a primavera nunca nos falte, Brígida, ela é a seiva da esperança.
ResponderEliminarBeijo :)
Poema denso...dito de uma forma tão subtil.
ResponderEliminarAcreditemos que as estações se renovam e que a cada dia há um sol que se acende no horizonte...
Deixo beijinhos!