Esta manhã é uma claridade cinzenta. Talvez por isso
sejam cinzentas
ou mesmo invisíveis
as sílabas que sobram
da ausência da voz.
Nos olhos
um insondável cenário de argila
a urgência de um afago do tempo
com o sabor transparente das palavras.
Tudo quanto resta
são ecos exaustos das águas estáticas
de um mar desarticulado
onde reúnes a travessia do mundo
nessa densidade dispersa no centro de ti.
Mas p’ra lá das margens do corpo
existe ainda algum sol
entre o pousio das marés.
Na libertação do silêncio
quando as memórias tocarem as coisas simples
em que tu e eu éramos apenas nós os dois.
BL
Sobra uma réstia de luz que ilumina o poema.
ResponderEliminarMuito bonito!
Um beijo
De uma grande beleza, Brígida!
ResponderEliminarBeijo :)
Um poema sublime, com uma intenção implícita de regresso ao ponto de partida, onde tudo era luz. No entanto há laivos que iluminam a esperança no olhar do poeta!!
ResponderEliminarSimplesmente magnífico!
deixo beijos!!!
Restam as memórias
ResponderEliminarQue ecoam no silêncio da alma.
O tempo que passou, mas não Passa.
Os teus poemas tocam-me muito.
Inspiram, sentem-se.
Beijinho