Não me venham com silêncio.
Eu sou barulho.
Sou trovão preso na garganta
sou incêndio que não se apaga.
A solidão tentou domar-me
pôs-me coleira
chamou-me fraca.
Eu sou barulho.
Sou trovão preso na garganta
sou incêndio que não se apaga.
A solidão tentou domar-me
pôs-me coleira
chamou-me fraca.
Mas eu mordi a mão
que me alimentava com migalhas de afeto.
Sou excesso.
De pensamento
de desejo
de tudo o que não cabe em ninguém.
curvada
vazia.
Mas eu sou tempestade.
E tempestade não pede licença.
que seja com fúria.
Que o eco do meu grito
faça tremer os muros
dos limites que nunca me couberam.
BL
11.08.25
Mas eu mordi a mão
ResponderEliminarque me alimentava com migalhas de afeto.
Mas eu furei os olhos
de quem por mim velava por orgulho.
Mas eu queimei as cartas
que Rilke escondeu de nós, do tempo...
Mas eu verti o fluxo
do sangue que não ferve nos seus lábios...