O lamento das águas
no silêncio dos olhos
[ veludo e aço ]
a imobilidade da tela a recolher
nos dedos as grades dos dias
a opacidade do pensamento.
Caem na terra palavras insuficientes
negras gotas de orvalho
nuvens de mágoas
indecisos laços
despedida.
Folhas breves
imprecisos passos
[ veludo e aço ]
ao lado do vento.
Assim o chão
a luz parda a escorrer na superfície
das horas
solidão do tempo
sombras
traços.
BL
Gosto imenso desta escrita que nos proporciona uma leitura pausada e nos convida ao recolhimento.
ResponderEliminarBrígida,
ResponderEliminarSua poesia nos leva à reflexão dos traços que a vida nos impõe.Bela colocação de palavras que compõe tão belo poema.
Você é uma poeta em potencial.
Beijos!
A distância que mede e separa o tempo
ResponderEliminarO lamento das águas
As insuficientes palavras
E a superfície que escorre a destempo
Versos de veludo e de aço
Boa poesia
Bjo.
A solidão humana em passos,o silêncio que carrega emoções
ResponderEliminarcristalizadas e cada traço-vida em movimento solitário...
Brígida,a tua poesia toca profundamente a minha alma... Por isso,
os meus passos sempre aqui na tua imensa poesia-arte-vida.
Beijos,querida.
ResponderEliminar" ao lado do vento"
em sintonia, a voz emudecida do corpo estende-se na sombra de todas as palavras que não se encontram, para dizer o que não se sabe mas que nos pesa.
Um beijinho, Brígida