Estamos sós
sobre as águas em alvoroço
ocultos no silêncio das esperas
pássaros sem nomes
abismos debruçados dos olhos
sem princípio ou fim.
Arrastamos manhãs
deslembramos rumos
atados a restos de galhos secos
como vagas sem céus iluminados
nem ventos a soprar de sul.
O tempo alonga-se
num mar empedrado
de esquecimentos
as palavras doridas
a soletrarem ninhos vazios
no lado de dentro
da utopia dos incrédulos.
BL
Brígida,estou garimpando belos poemas.Os poetas são mágicos,pois podem expressar tudo através de pequenas palavras, as quais eles juntam e nos dão de presente a poesia.Parabéns! Gostei muito do que li aqui.
ResponderEliminarUm grande abraço!
Bonito como sempre, e cheio de intensidade
ResponderEliminarHá poemas que quase não se lêem
ResponderEliminarSão poemas que nos percorrem
de forma fluída,
na melódica fluidez dos versos,
e se sentem....intensamente
"Estamos sós
sobre as águas em alvoroço
ocultos no silêncio das esperas
...
O tempo alonga-se
num mar empedrado
de esquecimentos"
A utopia é um alvoroço
A credulidade um elíptico fosso
Gostei Muito
Bjo.
Belo poema, carregado de nostalgia.
ResponderEliminar"Estamos sós
sobre as águas em alvoroço
...
Arrastamos manhãs
...
O tempo alonga-se
num mar empedrado
de esquecimentos"
e tudo parece estar suspenso
como num sonho irreal.
Bj
Querida Brígida,
ResponderEliminarUm profundo poema que nos contagia com uma inquietude silenciosa,
um grito coletivo de impotência à uma realidade estagnada.
Sempre ao contactar com a tua poesia,fico encantada...
Beijo.
Belíssimo, Brígida. "Estamos sós
ResponderEliminarsobre as águas em alvoroço
ocultos no silêncio das esperas".
Bjo amigo