Esquecer ou não
a exaustão das partidas
os lamentos
os ciclos vacilantes
as entrelinhas
em tudo
e tanto.
Esquecer ou não
a tarde caída
a poente
as lágrimas negras
os cacos no chão
o gelo
por dentro das mãos.
Esquecer ou não
o silêncio diluído
o seu avesso suspenso
a linguagem do vento
por dentro
os lagos nos olhos
imensos
a cor molhada do tempo
a vastidão das esperas.
BL
...ou, o esquecimento não se decreta!
ResponderEliminarUm belo texto.
Impossível esquecer o que nos fica tatuado na alma. Podemos, talvez, guardar tudo o que nos consome, numa gaveta secreta mas a verdade, é que nunca conseguimos deitar fora a chave dessa gaveta...
ResponderEliminarBj.
Magnólia
Por dentro,temos um tempo só nosso,registrado em silêncio
ResponderEliminarque flui a vida...
Sentir o teu tempo poético é encantador.
Ótimo final de semana!
Beijo,Brígida.
ResponderEliminarEsquecer, como?
São as esquinas das pedras, onde sangra corpo e alma, que nos levam a trilhos de pétalas e perfumes.
Esquecer, porquê?
A claridade do dia só se revela aos nossos olhos, porque houve uma noite que aconteceu.
Tudo é, e por isso se completa...
Não me canso de dizer-te o quanto a tua poesia fala comigo e, por isso, também por isso, o quanto me sinto grata!
Um beijinho, Brígida
Porque o esquecimento é difícil de esquecer,
ResponderEliminarPorque cada esquina relembra,
Sempre é difícil esquecer…
Gosto muito da tua poesia
Beijo