Há uma ponte que me atravessa
uma cidade debruçada sobre o rio
a chamar-me
de dentro das manhãs
onde guardo o tempo.
De nada me serve
correr por entre as nuvens
encerrar todas as dúvidas
e temores
numa lua cheia de olhares de outrora.
O tempo nada sabe de mim
desconhece que eu sou
um silêncio anónimo
a vencer-me neste lado do mar
enquanto a cidade canta
num bailado de luz
escreve a história em paredes subterrâneas
esquece as horas
apaga o tempo
e recolhe nos lábios
as chuvas que caem dos dias
em sussurros de águas memoriais.
BL
Há uma ponte que liga o passado e o futuro
ResponderEliminar“Porque esqueci o tempo”
Bela poesia.
Gosto muito de te ler.
Beijo
Mesmo que as palavras sejam cheias de silêncios,que nada caiam as pontes entre nós...
ResponderEliminarA. Luz