Damo-nos as mãos e a leveza do chão
acende-nos sorrisos novos nos passos.
O tempo solta-se de mim
sentado num qualquer degrau
de uma trajetória inteira
que se assume única e verdadeira.
O rumo é agora o ramo de girassóis
espalhados sobre a mesa
e um mar espelhando luas
fertilizando sóis.
Há uma linha verde que te acena e te segreda quem és
a energia que te aquece
o que te faz partir
as sementes que tens
para lembrar.
em que te permites dizer o que te trouxe
até aqui
e onde eternizar as marés do teu olhar.
Longo é o caminho
longo.
Envolvo-me nas tuas cores
sigo o teu caminhar
corro a teu lado
pássaro
vento
borboleta azul
canção de embalar.
E o rio flutua
suspenso da liquidez da voz
que às vezes foge
às vezes voa.
Nele vagueiam silêncios
entre as pedras polidas que refletem o verde do céu
e nomes de aves soletram a força das ausências.
Nele repousam as lembranças
que atravessam as margens e clareiam as sombras
para reunir a casa
e reconstruir o tempo.
BL
Gosto muito desse sentir, Brígida, traduzido num olhar abrangente e profundo...
ResponderEliminarGrande poema!
Beijo :)
A beleza de um começo
ResponderEliminarde passos de luz,
Nasce a beleza entre as margens
onde o caminho é uno com a alma.
Muito bela, a tua poesia,
Beijo