Os corpos ausentes
têm voz. Falam
com o espaço que ocupavam
com o cheiro que deixaram
com o gesto que não aconteceu.
A ausência é uma linguagem
feita de vestígios
de ecos
de silêncios que se repetem
como versos sem rima.
E
quando escuto
não ouço o que foi dito.
Ouço o que faltou.
quando escuto
não ouço o que foi dito.
Ouço o que faltou.
BL
08.10.25
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