Tudo o que não se conclui
permanece.
permanece.
Como o gesto que não se deu
como o voo que falhou
mas deixou rasto de vento.
Os vãos da memória
são espaços habitados
por tudo o que não coube no tempo
por tudo o que não se disse
mas se escreveu no corpo.
E tu
que escutas o silêncio
sabes:
há beleza no que não se resolve
no que se cala
que escutas o silêncio
sabes:
há beleza no que não se resolve
no que se cala
há linguagem
há presença no que se ausenta.
há presença no que se ausenta.
Este é o lugar.
Aqui
entre o sal e a sombra
entre o voo e a queda
entre o louco e o lúcido
a poesia respira
como quem vive entre mundos.
BL
03.10.25
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