Adivinho novas esperas
na viagem desabitada
dos olhos
a luz a definhar
nas veias
o silêncio a correr
por dentro da indefinição
das ruas.
Levo raízes
e ramos
não sei
onde abrir as mãos.
Pesa a palavra
entre os dedos
no sono visionário
das horas.
Poderia seguir
fios de seda
não sentir o peso
do sal
se me fosse possível
esquecer
a imagem de ontem
que de dentro me olha
e me sabe de cor
e na eternidade de um rio
sonha sonhos antigos
a germinarem o tempo
devagar
d.e.v.a.g.a.r.
BL
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